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Um semestre de isolamento na Noruega, sem a família, sem os amigos, sem o português. Nunca esperou que sairia do status quo, ao menos até que retornasse, enfim, às origens, à terra natal. E foi surpreendido — de uma forma peculiarmente positiva.

Era um dia como outro qualquer, mais um em que poria a deitar-se ao levante do sol. Mantinha contato com seus velhos confidentes quando o alarme de incêndio impôs-se e o interrompeu. Teve de sair de casa por alguns instantes e sentar-se à chuva até a vinda dos bombeiros. Enquanto reclamava silenciosamente do infortúnio, vozes estranhamente familiares capturaram a sua atenção por diversos e longos instantes. Os ouvidos, assim, traziam-lhe a boa nova: era o português. Brasileiros?

Mais um, como todos as anteriores, alarme falso, não havia fogo algum.

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