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Um amor inexplicável, inconsequente e, principalmente, incomensurável. Que dá sem pedir nada em troca, que se dedica, se faz presente—forte, intenso, infinito. Amor esse que não precisa de provas de sua existência, puro em sua essência, verdadeiro e fiel, instransferível.

É um pecado celebrar seu prestígio ano a ano apenas, pois não há dia para que seja Mãe. E mais do que isso, chamá-la apenas de progenitora implica em reduzí-la pela metade. Batalhadora dos dilemas da vida e heroína de um admirador singular—um modesto e atônito admirador—que a leva no coração, mergulhada num carinho avassalador, numa dedicação sem limites e num amor puro, incondicional e onipresente.

Amor de mãe é um bem precioso, uma jóia rara que fora lapidada aos poucos, com muito esmero, durante os nove meses que precederam o primeiro encontro. Amor de mãe não pede pra ter vez e não disputa espaço no coração. Amor de mãe é cego às imperfeições e aos defeitos, pois só faz questão de enchergar as qualidades e as virtudes. Amor de mãe lê pensamentos e traduz sentimentos. Amor de mãe é absoluto, indelével e universal.

Não apenas mãe, pois muitas vezes para mim foi também pai, irmã, amiga—e companheira. Sempre dava um jeito de segurar-me as mãos para que pudesse seguir em frente comigo, até que um dia aprendi a caminhar com minhas próprias pernas e hoje entendo a angústia que foi soltar-me e entregar-me ao mundo. Sei que aplaude meus sucessos e que padece com meu sofrimento, mas também sei que é a única que estará sempre me esperando—pronta e com um sorriso no rosto—de braços abertos.

É única. É insubstituível. É inspiração. É mãe. É minha.

Do seu mais grato admirador,

V.