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A felicidade é um estado de espírito, sem fórmula certa, receita ou procedimento padrão. Cada um é livre e apto (acredito eu) a encontrar a sua das mais diversas e oportunas maneiras possíveis. Uma companhia querida, boas risadas com lembranças do passado, um momento de união, uma ocasião pela qual tanto se esperou. Tenho notado a maneira da qual as pessoas se portam e, com certeza, digo que o meio influencia o indivíduo e seu imaginário. Fantasiar—e temer—o que os outros pensam de si é só mais uma maneira de expressar o medo pelo desconhecido e o receio em desbravar um universo alheio ao próprio. Nunca viveu-se tanto de aparências quanto hoje e há, inclusive, quem faça de sua felicidade um sacrifício em nome do status quo. Acho deprimente.

O primeiro passo ao amor próprio é a aceitação. O indivíduo que não está bem consigo mesmo não transmite segurança e positividade. Em terras onde o bem-estar é lei, incomodar-se com a insignificante opinião de terceiros é crime passível de exílio. Os olhos são a janela da alma e a imagem é o retrato do espírito e da personalidade, ainda mais porque gosto e caráter são dois conceitos pertencentes à planos distintos. Seja, faça, aproveite, mude, transmita segurança, ame, divirta-se, viva—tudo em função de um objetivo convergente, a felicidade. Momentos queridos são como um coringa, moldam-se à qualquer vontade.

Louco é aquele que não se permite ser feliz.